A liberdade formal é uma das grandes marcas deste livro, publicado em 1930, numa tiragem do autor com quinhentos exemplares. Entre outros, dele consta dois poemas essenciais: “Vou-me embora pra Pasárgada” e “Pneumotórax”, que se enraizaram na alma de gerações de leitores e firmaram o nome de Manuel Bandeira entre os nossos maiores poetas.
Alguns poemas deste livro foram anteriormente publicados em revistas do movimento modernista de 1922 como estética, Klaxon e Revista do Brasil.
Com efeito, em Libertinagem é possível captar a sedimentação do papel central exercido por Manuel Bandeira nesse movimento que tanta importância teve em nossa literatura. Também um tom de "brasilidade" ecoa em poemas como "Mangue", "Belém do Pará" e "Evocação do Recife", traço característico das mais importantes manifestações literárias dos anos 1920.