Elisama Santos – autora dos best-sellers Conversas corajosas, Por que gritamos e Educação não violenta – estreia na ficção com romance sensível e inquietante sobre relações familiares .
Em Mesmo rio, Elisama Santos parte da ideia de que, do mesmo modo que “ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio”, é impossível ser a mesma mãe para todos os filhos. E isso, invariavelmente, deixa profundas marcas em todos. É um convite a adentrar nas águas caudalosas e nos meandros nada óbvios desse curso intenso que é a dinâmica familiar. Com o suporte de uma narrativa literária envolvente, a autora nos enreda com personagens cativantes e reais em situações cotidianas, que gradualmente nos levam a sentimentos complexos.
Aqui, acompanhamos a história da família Soares: a mãe, Maria Lúcia; o pai, Benedito; e os três filhos: Lucas, Marília e Rita. Ao longo da vida, a mãe estabeleceu com cada filho uma relação específica. É zelosa com um e impaciente com o outro. Ama um deles sem ressalvas, enquanto o outro sente que precisa abrir mão de seus sentimentos para ser acolhido. As consequências disso vão sendo reveladas paulatinamente, como um copo que vai se enchendo aos poucos, gota a gota, dia após dia, por toda a vida, até que transborda.
Desde pequena, Rita, a caçula da família, buscou na mãe o amor ofertado com facilidade aos irmãos. A impossibilidade de encontrá-lo faz com que, aparentemente de forma inesperada, ela feche o portão de casa para não mais voltar. Embora os irmãos acreditem que foi uma atitude drástica — afinal, a mãe que tiveram não mereceria aquilo —, o rompimento de Rita com a mãe que ela conheceu acontece aos poucos. Tão lentamente, que Lucas e Marília não se deram conta, como a ferrugem que corrói a mais forte das estruturas e a erosão que o rio provoca em suas margens.
Assim, em um Natal em família, a relação entre Rita e a mãe finalmente desmorona, e os escombros se espalham. Haverá espaço para reconstrução? Será que algo restou para que o reencontro entre as duas e o estabelecimento de uma conexão real sejam possíveis? Mais do que respostas, neste romance comovente — e, em muitos momentos, desconcertante —, Elisama Santos nos faz acessar nossa própria história e elaborar nossas questões.
“A leitura dos livros de Elisama vale muito.” – Taís Araujo, apresentadora e jornalista
“Elisama é o maior símbolo que conheço de disponibilidade irrestrita para apoiar a transformação de padrões indignificantes das relações humanas.” – Alexandre Coimbra Amaral, escritor e psicólogo
“As palavras de Elisama são como uma lente única, uma lupa para ver a realidade dos relacionamentos familiares de um jeito que é especial” – Júlia Rocha, médica, cantora, compositora, escritora, colunista, mãe e doula.